Reconhecimento facial: 3 informações que você precisa saber sobre essa tecnologia


Reconhecimento facial: 3 informações que você precisa saber sobre essa tecnologia

Em 2019, um rapaz de 19 anos, foragido por homicídio, decidiu correr o risco: fantasiado, tentou acessar um dos blocos mais importantes do famoso carnaval de Salvador (BA) com a certeza de que passaria batido em meio da multidão. Pouco tempo antes, sua tática possivelmente teria funcionado. No entanto, acabou preso. O motivo? Aquele era o primeiro ano em que a polícia local empregava um sistema de reconhecimento facial, que, então, identificou o criminoso e possibilitou sua prisão. Simples assim.

Até aqui, este foi um dos casos mais emblemáticos registrados no Brasil para comprovar a eficácia dos sistemas de reconhecimento facial. Em especial quando empregados com a função de reforçar as estratégias de segurança eletrônica, eles podem trazer resultados tão ou até mais certeiros em comparação à identificação por meio da impressão digital.

De acordo com especialistas, a impressão digital, evidentemente, tem suas vantagens: além de ser um método difundido há mais de um século (e no qual, portanto, já nos tornamos mais que especialistas), o fato de que uma digital nunca é igual à outra, nem mesmo entre irmãos gêmeos, pesa a seu favor e a torna altamente eficaz na identificação de pessoas.

No entanto, se continuarmos no passo em que estamos, acredita-se que falta muito pouco para que a humanidade tenha disponibilizado voluntariamente suas ‘informações faciais aos maiores bancos de dados do mundobasta dizer, por exemplo, que, hoje, 9 entre cada 10 smartphones trazem, de fábrica, softwares que coletam esses dados automaticamente a cada foto que tiramos. A depender das nossas configurações de privacidade, é muito provável que esses registros acabem nas mãos dos grandiosos da tecnologia, como Microsoft, Apple, Google e Facebook.

Na prática, isso significa que, muito em breve, estaremos todos sujeitos a sermos facilmente identificados mesmo em meio à multidão – assim como aconteceu com o folião criminoso de 2019. Quem tem a ficha limpa e preza pelo respeito às leis pode logo pensar que não há o que temer. Mas será que há algum ponto cego aqui? Ou seja, será que, de alguma forma, toda essa tecnologia pode vir a impactar negativamente a nossa vida?

Há, sim, um debate moral, contínuo e necessário sobre o tema – uma reflexão que cabe a cada um de nós individualmente. Mas, para que seja possível aprofundar essa conversa e chegar às melhores conclusões, antes, é necessário que todos compreendam melhor o que são e como funcionam os sistemas de reconhecimento facial. Vamos lá?

O que é um sistema de reconhecimento facial?

A ideia é mais ou menos a mesma por detrás da impressão digital: assim como somos únicos nas nossas digitais, tendemos a ser únicos nas características faciais. Ou seja, considerados a distância, formato e tamanho dos nossos olhos, boca, queixo, nariz, por exemplo, ou mesmo as marcas e manchas que caracterizam a nossa pele do rosto, é bem possível que ninguém mais, no mundo, tenha esse mesmo padrão facial – o que torna possível que uma pessoa seja identificada apenas com base nessas características.

Como funciona um sistema de reconhecimento facial?

Como dito antes, o primeiro passo do reconhecimento é a identificação facial, ou seja, essa leitura prévia das características do rosto de cada pessoa. Mas é a partir daí que a coisa fica mais complexa: basicamente, depois de fazer a leitura facial, o software empregado transforma essas informações em números e compara com algoritmos previamente coletados. O cruzamento da primeira informação com a segunda gera um novo banco de dados, muito mais completo que o original – e este, sim, é o que interessa à polícia ou aos órgãos da segurança, em particular.

Na prática, funciona assim: depois de coletar as características da pessoa A que acabou de passar por uma determinada rua, transformar essa análise em números e comparar esses números com os dados da justiça e/ou dos órgãos de segurança pública, o sistema dá ‘match’ com a pessoa B – apontada, neste segundo banco de dados, como foragida. Desta forma, graças ao cruzamento das informações do banco A com as disponíveis no banco B, a polícia poderá efetuar uma prisão que tem tudo para ser acertada.

Riscos x Benefícios: qual é a discussão?

O grande debate em torno do uso dessa tecnologia é a preocupação de que essas informações, em mãos erradas, possam violar nossa privacidade. Isso porque, as análises e comparações contínuas e constantes das informações, bem como o cruzamento com diversos bancos de dados, poderiam abrir brechas para que as empresas e pessoas por detrás desses sistemas nos conheçam muito melhor do que, talvez, gostaríamos. Já imaginou?

Veja só, por exemplo, um possível lado positivo: com o uso do reconhecimento fácil, o controle de acesso no banco, por exemplo, seria muito mais rápido, eficaz e seguro. Afinal, essa tecnologia poderia facilmente impedir a entrada de criminosos, evitando, assim, os assaltos tão comuns nas agências brasileiras.

Lado negativo: as mesmas câmeras apontadas para os criminosos fariam a leitura do rosto de pessoas comuns, como você. E, então, enquanto seu acesso é liberado, o simples cruzamento de informações poderia permitir ao gerente saber, de antemão, sobre todas as dívidas que você contraiu em outros bancos ou instituições, de todo seu comportamento financeiro e até outras informações sobre quem e como você é.

Sistema de reconhecimento facial na segurança eletrônica

Apesar de toda a discussão, não há dúvidas de que os sistemas de reconhecimento facial são poderosos aliados no controle de acesso de empresas em geral. Tendo em vista sua assertividade e eficiência, essa tecnologia colabora bastante para aumentar a segurança dos ambientes, inclusive no que diz respeito às autorizações concedidas a cada funcionário ou visitante.

Integrados aos CFTVs, esses sistemas possibilitam uma pronta resposta muito mais rápida por parte da equipe de segurança, além de gerar maior assertividade nas abordagens que se façam necessárias.

E, claro, se assim desejarem, as empresas também podem implantar esse sistema comprometendo-se a não utilizar os dados coletados para outros fins – que não os de promover segurança.

A Aldep oferece sistemas de reconhecimento facial dotados de alta tecnologia e precisão, devidamente integrados à sua estratégia de vigilância eletrônica. Também dispomos de consultores para explicar, na prática, quais são os aspectos legais relacionados ao tema – e como você e sua empresa podem adotar essa tecnologia de forma prática, simples e segura.

Estamos à disposição.


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